Tiago e Guilherme tentam lidar com a pressão de 16 anos fora das Olimpíadas, e Huertas vai na contramão: ‘Não podemos ficar preocupados com o passado’
Em 20 minutos, 17 pontos e o mérito de ter fechado o caixão ainda no primeiro tempo. Assim foi Tiago Splitter contra Porto Rico, na noite de quinta-feira, em sua melhor atuação na Copa América até agora. Após alguns momentos de altos e baixos em Mar del Plata, o pivô chega à reta final do torneio subindo a ladeira. Para ele, pouco importa. Jogando bem ou mal, o que Tiago precisa é arrancar um peso das costas no sábado. O peso de 16 anos longe das Olimpíadas. Para isso, o último obstáculo é a República Dominicana, na semifinal das 19h, o jogo da vida.
- Não importa se eu vou ser decisivo ou não, ninguém está pensando em jogar bem e perder. Não passa pela minha cabeça fazer uma atuação histórica. O que eu quero é ganhar. Todo mundo quer tirar esse peso das costas e conseguir essa vaga. Sempre penso que o próximo jogo é o mais importante, então esse vai ser o jogo mais importante não só da minha vida, mas de todos os jogadores que estão aqui.
Após quase três meses de treinos, amistosos e duas fases de grupos na Copa América, agora tudo se resume a 40 minutos de basquete no sábado. E Tiago sabe que, por mais que as coisas tenham caminhado bem até agora, de nada vai adiantar se a vaga em Londres não vier.
- Em jogos assim, se você ganha, consegue o objetivo, e se perde é um desastre. Esse é o valor que o jogo de sábado vai ter. Não é o meu primeiro, nem de outras pessoas que estão aqui. Para mim, é um jogo de bastante tempero, está engasgado faz tempo. Já perdi também uma final da liga espanhola e depois pude ganhar, foi uma alegria enorme. Espero repetir agora. A gente já perdeu dois Pré-Olímpicos em que eu estava, e quero ganhar dessa vez – avisa.
Huertas não vê peso ou pressão
Guilherme Giovannoni, também escolado em Pré-Olímpicos, sabe que este é o momento de controlar a ansiedade.
- É um jogo decisivo, e é claro que tem um peso diferente. Ansiedade vai ter tanto para a gente como para eles. Agora é tentar controlar um pouco isso. Com certeza é um dos jogos mais importantes da minha vida. Só não podemos deixar que isso seja uma pressão extra.
Quem vai na contramão é Marcelinho Huertas. Para ele, pelo menos no discurso, não existe pressão alguma.
- Ninguém está carregando esse peso, todo mundo está confiante, e não tem nenhum tipo de pressão para cima da gente. Não podemos ficar preocupados com o passado, e sim pensar no presente. São mais de dois meses de trabalho, e tenho certeza de que vamos ser bem recompensados com uma boa vitória no sábado – diz o capitão da seleção.
Ele sabe, no entanto, que a classificação para Londres pode ir além de uma conquista dentro da quadra.
- É importante para a imagem de todos nós, para o esporte brasileiro, para a criançada que está crescendo. Muita gente hoje bota fé no Brasil. É legal ter esse resgate do basquete brasileiro como um esporte de elite - festeja.
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