terça-feira, 24 de julho de 2012

Magnano garante que Brasil está entre os favoritos no basquete masculino

O técnico da seleção brasileira masculina deixou claro que espera que os brasileiros não deixem os elogios subirem à cabeça
O técnico da seleção brasileira masculina de basquete, Rubén Magnano, garantiu nesta terça-feira (24) que sua equipe é candidata a sair de Londres com uma medalha olímpica do peito. "O Brasil está entre os favoritos. Ganhamos o reconhecimento do mundo do basquete", afirmou o argentino.
Magnano, entretanto, deixou claro que espera que os brasileiros não deixem os elogios subirem à cabeça. "Temos que ser inteligentes e cuidadosos para que todos estes comentários possam nos ajudar", comentou.
O treinador aproveitou para revelar trechos de conversas com seus atletas. "A primeira coisa que disse para os jogadores no nosso primeiro treino em Londres é que para qualquer esportista participar dos Jogos é algo sublime. Algo que lembrarão para sempre", explicou.
Magnano também falou sobre seu retorno a um torneio olímpico. "É especial voltar aos Jogos após oito anos", disse o campeão em Atenas 2004, comandando a seleção argentina.
Magnano se queixou das condições na Vila Olímpica, onde não há ar-condicionado, apesar do calor intenso na capital londrina. Além disso, no local de treinos não há relógio de 24 segundos. "Mas, não importa, temos que nos acostumar com tudo", disse.
O técnico também revelou que deixou o armador Marcelinho Huertas de fora da segunda parte do treino da seleção para poupá-lo. O atleta sofreu uma entorse no tornozelo na partida contra os Estados Unidos. "Não é nada grave", explicou Magnano.
Foco na defesa
Um dos destaques da seleção brasileira de basquete, o ala-armador Leandrinho alertou para a importância de um sistema defensivo sólido para que a equipe obtenha sucesso na competição. "Será preciso jogar muito duro do ponto de vista defensivo e reduzir o número de bolas perdidas", decretou o armador, que nos últimos seis meses defendeu o Indiana Pacers, mas agora está sem equipe.
Acostumado a defender a seleção em competições importantes desde o Mundial de 2002, embora tenha ficado fora do pré-olímpico no ano passado, Leandrinho falou sobre o alívio que representou o retorno ao torneio, o qual o Brasil não disputava desde Atlanta-1996.
"Tivemos uma grande pressão sobre nós ao longo de toda a classificação para a Olimpíada. Nos últimos anos, sempre tivemos uma equipe boa, com muitos jogadores talentosos, mas não conseguimos nos classificar. Agora que estamos aqui, queremos ter certeza de que faremos um bom trabalho para que as pessoas saibam que o Brasil é um país grande também no basquete", destacou.
O atleta de 29 anos creditou a Magnano o bom momento vivido pela equipe masculina do país, que volta aos Jogos após três edições de ausência.
"Magnano foi fundamental para a melhora do basquete no Brasil. Ele tem uma grande experiência e soube passá-la para os jogadores", exaltou o ala-armador, que teve seu discurso endossado pelo pivô Anderson Varejão.
"Magnano nos disse que todo o país nos acompanha e que poderemos entender o que estamos vivendo depois dos Jogos. É bom para nós ter um treinador que já viveu estas situações e que foi campeão olímpico", apontou o atleta do Cleveland Cavaliers, recordando que o treinador conquistou o ouro em Atenas-2004 à frente da Argentina.
"São meus primeiros Jogos e tentarei encará-lo como mais um passo em minha carreira como jogador", acrescentou Varejão.

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